Sci-fi, fantasia e Super-Heróis: Aves de Rapina (2020)

Depois de quase dois meses sem postar nada (isso ou mais que isso) estou voltando hoje com um filme que foi o meu favorito do ano passado: Aves de Rapina, ou Birds of Prey. Basicamente o filme passa a história de um grupo de heroínas que se unem para lutar contra um vilão em comum. Na minha opinião, esse foi o melhor filme da DC em ANOS, e tinha tudo para ter uma bilheteria enorme, mas achei o marketing feito para ele bem fraco.

Já lá nos desenhos, a personagem da Arlequina sempre foi muito amada, sendo para muitas garotas uma espécie de referencia de vilã (normalmente vilãs femininas eram chatas e sempre eram a mesma coisa), mas o surgimento dela foi algo diferente do que se via. Claro que no começo, e durante muito tempo, ela sempre aparecia colada ao Coringa, mas depois da popularização dela nas series animadas e quadrinhos ela se transformou em uma personagem única que não precisava de ninguém para ser grandiosa.

A maior jogada que ocorreu com a personagem foi a aparição dela em Esquadrão Suicida que, além de ter sido o destaque do filme, a junção dela e do Coringa em um filme chamou muita atenção e é exatamente ai que começamos com alguns problemas.

Pra mim, em nenhum momento, a Arlequina foi colocada em Esquadrão Suicida para atrair um público masculino, pelo contrário, ela foi inteiramente jogada ali para atrair o público masculino (roupas curtas e a cena ridícula dela trocando de roupa são alguns dos exemplos). David Ayer tinha um elenco ótimo nas mãos, mas pecou muito no roteiro, cortes, figurino e, principalmente, por querer agradar a um único público só. Mas, vamos esquecer essa “bomba” e nos atentar a Aves de Rapina que, graças a Margot Robbie, seu amor pela personagem, sua visão e produção, aconteceu!

Além de ser uma boa história, divertida e com muita “porrada”, a equipe, em grande parte feminina, conseguiram fazer com que muitas personagens, que para mim haviam perdido a graça (leia Canário Negro que Arrow fez questão de estragar), ganhasse brilhantismos que eu sentia falta. Sabe quando você vê um filme ou uma serie e se apaixona por um personagem e durante muito tempo é só sobre ele que você quer falar (ou ver ou baixar fotos na internet)? Foi exatamente isso que a diretora Cathy Yan conseguiu fazer. Obviamente que a Arlequina tem um maior destaque no filme, mas todas as personagens são maravilhosas e eu, sei que muito gente também, fiquei morrendo de vontade de ver mais delas. Não faltou história de origem de cada uma, não teve rivalidade feminina (tks!), teve comédia, brigas, heroísmo na medida certa, criou uma linguagem aonde os problemas vividos por elas gerava certa identificação nos telespectadores, possui diversidade e, além de tudo isso que fez o filme ser ainda mais incrível, tivemos um figurino maravilhoso e sem ser sexista.


 Olhando algumas reportagens da figurinista Erin Benach (em seu currículo temos filmes como A Luz entre os Oceanos – um dos meus filmes favoritos - Nasce uma Estrela, Drive, Demônio de Neon; podemos ver muita coisa parecida entre esses dois últimos e Aves de Rapina), a mesma diz que para criar o look da Arlequina, o qual Margot Robbie já tinha declarado que dá versão anterior ela não se sentia confortável neles, se inspirou nos quadrinhos em que a personagem aparece e mesclou com o que eles estavam querendo criar como Gotham. A gente sente uma pegada meio “clubber”/ Jeremy Scott e, de certa forma, foram looks muito mais “usáveis” no dia-a-dia.




 

Para a Canário (eu estou muito contente com o que a Jurnee Smollett fez com a personagem), Erin trouxe uma pegada meio disco dos anos 1970, brilho, boca de sino, um pouco de barriga de fora e jaqueta e couro (uma característica da personagem).



 
Para a caçadora, além da paleta roxa e preta da personagem, vieram muitos agasalhos por conta da funcionalidade e da busca pela qual a personagem tem no filme.



 

Com a Renee Montoya, a figurinista saiu um pouco do padrão “roupa de policial feminina” (isso é algo que me incomoda muuuuuito nos filmes em que mulheres são policiais e também em como as mulheres que concorrem a cargos governamentais precisam se vestir), tem um pouco de barriga de fora, decote e jóias.


 

Para Cassandra Cain, ela possui um estilo bem jovem e atual, com peças coloridas, shorts, adereços de cabelo (boné e lenços). Para mim, ela ficou muito uma garota da idade dela que REALMENTE tem a idade dela e se diverte (ultimamente as crianças/adolescente são maduros e fora da realidade demais).


 

O último temos o Máscara Negra que, na minha opinião (embora eu goste bastante da atuação do Ewan McGregor) foi um coringa sem maquiagem, ela trouxe muita seda e cetim, veludo e muitos ternos excêntricos (uma coisa meio dono da mansão da playboy com Bono Vox) e gostei que fosse um vilão bem vaidoso.



 

A junção de todos os looks na atmosfera dessa Gotham que foi criada nesse filme ficou incrível para mim, gostei de TUDO e, além da história em si, Erin Benach conseguiu deixar o filme mais divertido, bonito e interessante com seus looks criados para cada personagem...Erin merece, com certeza, uma nota 10!

 obs: desculpem a qualidade das fotos.

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